- Mostrar que o Plano de Contingência de Aracaju, através do monitoramento semanal conseguiu a organização da Rede de Atenção à Saúde garantindo a integralidade do cuidado, envolvendo a Atenção Básica, Urgência e Emergência e o monitoramento e acompanhamento dos pacientes pela Vigilância em Saúde - Descrever como Aracaju se preparou e respondeu a pandemia de acordo com o nível de resposta de cada momento da epidemia através da abertura de 8 UBS em horário estendido (7h às 20h), finais de semana e feriados para o atendimento exclusivo para síndromes gripais, a criação de leitos de retaguarda e ampliação dos leitos de internação nos Hospitais Municipais de Pequeno Porte Zona Norte e Zona Sul, montagem do Hospital de Campanha com 152 leitos - Apresentar o Monitoraju como instrumento de apoio na assistência e monitoramento dos pacientes suspeitos ou confirmados da COVID-19 - Enumerar os Projetos criados no decorrer da transmissão da COVID-19 em Aracaju.

No dia 4 de fevereiro de 2020 a secretária municipal da saúde convoca todas as Diretorias para reunião de planejamento de compra para o atendimento ao Plano de Contingência, ação que acontecia a cada 7 dias para a avaliação das metas e resultados alcançados. No dia 2 de março é apresentado o Plano de Contingência pelos gestores municipais, plano que serviu de sustentação para todo o enfrentamento da pandemia. No dia 16 de março com o primeiro caso de COVID confirmado em Aracaju é assinado o primeiro Decreto Municipal com adoção de medidas de contenção. Foi criado o canal 156- Monitoraju, serviço de monitoramento a população para a notificação de casos suspeitos, acompanhamento dos casos e de orientação em relação aos cuidados. Foi criado o Comitê de Operação de Emergência (COE), com o objetivo de avaliar as ações e traçar novas medidas para o enfrentamento da COVID. Em março inicia-se o atendimento exclusivo a pacientes com sintomas de síndromes gripais das 7h até as 20h todos os dias da semana em 8 UBS. Em abril tem a ampliação do Hospital de Pequeno Porte Zona Sul com a criação de 6 leitos de retaguarda, 1 leito de estabilização e 1 contêiner para o atendimento de suspeitos de COVID. Em maio foi montado um Hospital de Campanha com 152 leitos para o atendimento de casos leves. Em junho é lançado o Projeto Aracaju pela Vida, com o objetivo de diminuir óbitos, em agosto o TestAju para a busca de casos assintomáticos e quebra de transmissão.

Até 21 de agosto Aracaju tinha 32.246 casos de COVID e 649 óbitos. Neste dia a capital estava com uma taxa de letalidade de 2,0 sendo a 5 taxa menor do Brasil, e a última em relação as capitais do nordeste. Até 21 de agosto as 8 Unidades Básicas de Saúde, que foram abertas como referência para o atendimento de síndromes gripais, atendeu 29.321 pessoas. O contêiner montado no Hospital Zona Sul atendeu 13.447 pessoas sintomáticas. O Hospital de Campanha teve 421 pacientes internados, e 28 óbitos, contribuindo com a assistência de qualidade e evitando mais mortalidades pela COVID. O Monitoraju com o objetivo de ser apoio na assistência e monitoramento dos pacientes suspeitos ou confirmados da COVID monitorou 75.551 pacientes. O Projeto Aracaju pela Vida, através de visitas domiciliares realizadas por médico e enfermeiro, realizaram 826 visitas de pessoas suspeitas ou confirmadas de COVID-19 evitando o agravamento e consequentemente óbitos. O Projeto TESTAJU em agosto começa a visitar todos os bairros de Aracaju, 3 vezes na semana, para a realização de testagem de pessoas assintomáticas, foram 2.793 pessoas testadas, pelo exame RT-PCR, para conseguir um controle na quebra da transmissão da doença, através da visita aos pacientes positivos e coleta de todos os contatos com a orientação do isolamento domiciliar. A realização de 1028 testes rápidos de anticorpo em locais estratégicos da cidade na 1 semana vem contribuir para o suporte da abertura econômica da cidade.

O Plano de Contingência para Enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus SARS- CoV2 -2019 de Aracaju permitiu o desenvolvimento das ações de forma adequada dando a garantia de um atendimento integral através da organização da Rede de Atenção à Saúde, envolvendo a Atenção Básica, Urgência e Emergência e o monitoramento e acompanhamento dos pacientes pela Vigilância em Saúde , evitando uma sobrecarga nos serviços de urgência de saúde e na diminuição no número de óbitos até 21 de agosto, bem como um atendimento de qualidade através da inovação e organização dos serviços para a assistência dos pacientes com COVID-19. O planejamento estratégico como norteador da construção do Plano de Contingência foi uma ferramenta importante para a elaboração de metas, objetivos, prazos de execução de cada etapa bem como a orientação de ações direcionadas de acordo com os recursos financeiros, humanos disponíveis para cada momento. A participação direta dos gestores municipais colaborou de forma essencial para o enfrentamento da situação através da sustentação político gerencial e financeira dando credibilidade a todas as ações desenvolvidas.

Planejamento estratégico, gestão, COVID-19