O vírus que causa a COVID-19 é designado coronavírus, relacionado à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) previamente era referenciado como 2019-nCoV. No fim de 2019, um novo coronavírus foi identificado como a causa de um conjunto de casos de pneumonias em Wuhan. Rapidamente o vírus se espalhou, resultando em uma epidemia ao longo de toda a China, seguido por um aumento do número de casos em outros países ao redor do mundo. Além de outras medidas fundamentais, o uso universal de máscaras e outros insumos dependem da prevalência de trabalhadores da saúde e setores com pacientes com infecções assintomáticas ou minimamente sintomáticas. Pouco a pouco foi-se demonstrando que a transmissão também ocorria de pessoa-a-pessoa, através de gotículas, mas não era claro o seu mecanismo sabia-se da possibilidade de contaminação por contato, mas não se sabia o tempo da sobrevivência do vírus. Em alguns procedimentos notou-se que poderia haver risco de geração de aerossol, como: intubação endotraqueal, ventilação não invasiva, ventilação manual pré-intubação e coleta de amostra respiratória. Devido essas diferenças de transmissão os EPI’s deve-se utilizar de maneira mais específica como: máscara N95/PFF2/PFF3, macacão impermeável, viseira e/ou óculos, touca descartável, pro-pé e luva estéril. À medida que a epidemia acelera no Brasil, o acesso a equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde é uma preocupação constante.
Montar estratégias para minimizar a necessidade do uso de equipamento de proteção individual (EPI) Orientar quanto ao uso EPI para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, de acordo com o tipo de serviço de saúde, profissional e atividades além de conscientizar quanto ao uso racional e indicado destes insumos
Trata-se de um relato de experiência da implantação de um protocolo de uso racional de equipamentos de proteção individual (EPI), durante a pandemia de COVID-19 em unidades de saúde do município de Barcarena. No primeiro momento, foi realizado uma reunião com a equipe multiprofissional do núcleo de segurança do paciente (NSP) a partir do projeto Porto Seguro
As seguintes estratégias foram implementadas para minimizar a necessidade de uso de EPI, referentes aos indivíduos expostos ao COVID-19 nas unidades de saúde como: reduzir a exposição, como por exemplo o distanciamento do paciente frente ao profissional que irá atendê-lo (triagem, mesas de atendimento nas emergências ou locais de distribuição de medicamentos) limitar o número de profissionais que entram no leito do caso suspeito/confirmado restringir o número e o tempo de permanência de visitas. Orientar os mesmos quanto à colocação e retirada do EPI e a devida higiene das mãos posteriormente foi proibido a entrada de acompanhantes sendo realizada a visita através de vídeo chamadas profissionais da saúde devem utilizar os seguintes EPI’s para assistência direto ao caso: avental descartável, luvas descartáveis, máscara cirúrgica comum e óculos de proteção individual e/ou viseira especificamente. Para procedimentos com risco de geração de aerossol, intubação endotraqueal, ventilação não-invasiva, traqueostomia, ventilação manual pré-intubação, coleta de amostra respiratória, deve-se utilizar máscara de alta eficiência como: N95/PFF2/PFF3, macacão impermeável, viseira, touca descartável, pro-pé e luva estéril. Oferecer máscara cirúrgica comum ao paciente com sintomas gripais e orientar quanto ao uso correto no primeiro contato dentro do serviço de saúde. O paciente deve permanecer de máscara até ser acomodado em leito individual.
Tudo era novo, uma doença nova, um hospital “novo” com novos circuitos, procedimentos novos, cuidados de rotina que se alteraram devido ao risco que acarretavam. Pouco a pouco os profissionais tornaram-se mais confiantes. Colocar e retirar EPIs era rotineiro, estava “cimentado”. A escassez de EPIs estava sendo observada em diversas instituições brasileiras como em muitos países. Dessa maneira, conclui-se a importância de orientar e direcionar os equipamentos de proteção individuais e coletivos de acordo com a situação e sempre garantindo a proteção ao profissional da linha de frente com segurança e sem desperdícios. Com a implantação do uso racional de EPI’s, não houve em nenhum momento a falta de equipamentos de proteção individual nas unidades de saúde deste município.
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