Em março de 2020, foi declarado pela Organização Mundial de Saúde, pandemia de coronavirose (SARS-Cov-2), acometendo com quadro de tosse, febre, quadros intestinais, e óbito, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, tais como hipertensão, diabetes e neoplasias. Portanto, no início da pandemia, com a preocupação com o grupo de risco de idosos, realizou-se visitas nas ILPI, pelas equipes da vigilância e gestão, no intuito orientativo de acordo com a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 05/2020 - ORIENTAÇÕES PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DE INFECÇÕES PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2) EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI).
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar as medidas desenvolvidas através de ações em rede (atenção primária, gestão e vigilância) no controle da propagação de surto de coronavirose em uma instituição de longa permanência de idosos (ILPI)
Após essa etapa, a atenção básica, através da unidade básica de saúde (UBS) realizou monitoramento presencial quinzenal e a gestão monitoramento telefônico diário. E através desses, detectou-se a presença de pacientes com sintomas gastrointestinais, seguido de óbito em um final de semana. Assim a UBS realizou exames de testagem rápida e/ou de PCR, constando-se coronavirose em outros internos, como também em funcionários, que se apresentavam assintomáticos. Seguido a obtenção dos resultados imediatos, realizou-se uma inspeção intersetorial e transversal entre as equipes de atenção básica e vigilância, com focos na prevenção da propagação da doença. No ato das vistorias observou-se a necessidade imediata de revisão dos fluxos internos das ILPI, devido a identificação de visitas de parentes aos internos fluxos de alimentação, banhos e persistência nas áreas comuns ausência de EPI pelos funcionários, como aventais e mascaras descartáveis idosos e funcionários sem imunização para gripe.
Como resultado, após uma semana de intervenção, realizada por todas as equipes na ILPI, identificou-se todos os portadores da doença, sintomáticos ou não, e realizou-se a avaliação médica hospitalar dos internos, e afastamento dos funcionários. A instituição também implementou medidas sugeridas para controlar o surto como: aquisição de EPI para todos, assim como a disponibilização de álcool a 70% em todos os setores isolamento em coorte em uma ala do estabelecimento dos casos positivos, com funcionários específicos para esse setor controle diário de temperatura e oximetria imunização de gripe para todos proibição das visitas físicas, realizando somente de forma virtual espaçamentos entre o mobiliário de 1 metro, principalmente nas áreas comuns, das duas alas e a não admissão de novos pacientes até o termino da pandemia. A ILPI é monitorada até os dias de hoje sem a apresentação de novos casos sintomáticos.
Constata-se que, mesmo com a introdução da doença de rápida propagação (alta morbidade) na ILPI, consegue-se realizar ações para controle da mesma. E o trabalho demonstra para que tal sucesso somente é possível através de ação rápida, precisa, de larga escala e em rede, entre os diversos segmentos (atenção básica, vigilância e gestão), de forma integral, tanto os pacientes do grupo de risco (idosos) e funcionários, como a instituição como um todo. E hoje a estratégia é adotado para todas ILPI.
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