No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 26 de fevereiro de 2020 e a partir daí a rotina da população tem mudado bastante e as informações têm sido difundidas de diversas formas. Em função da restrição de demanda na Unidade de Saúde, palco da maioria das atividades de Educação em Saúde, foi necessário buscar alternativas para a divulgação de informações em saúde de qualidade para a população. A pandemia da Covid-19 tomou conta das reportagens, por meio das informações, fruto do isolamento e distanciamento social no entanto quando as informações são originárias na Unidade de Saúde adscrita promove maior adesão da população. Por isso, a importância da informação com comunicação, linguagem clara e mais comunicativa. As informações são direcionadas as práticas necessárias sobre os cuidados (modos corretos de se lavar as mãos e usar as máscaras, pessoas com casos suspeitos e confirmados, mortes, curadas e quantidade de testes).
Pretendemos relatar os resultados das estratégias alternativas de educação em saúde e comunicação sobre covid-19 para população de uma Unidade Básica de Saúde da Zona Rural de Teresina.
No primeiro momento observamos que a população, por estar em isolamento domiciliar e não poder ir à Unidade buscar informações em saúde (como de costume), precisava de uma fonte de informações segura para poder lidar com as modificações da rotina e identificar os sinais de perigo com o novo cenário da pandemia. É preciso que a população confie na fonte da informação. Dessa forma a Equipe se reuniu remotamente (por aplicativo de reunião online) para discutir estratégias de produção e divulgação de informações em saúde de forma simples, objetiva e de fácil compreensão à população e que ela sentisse segurança em seguir as recomendações. Assim foram propostas três vertentes de atuação para que as informações chegassem em maior número à população: disponibilização de um número de telefone (watts) para tirar dúvidas gerais, divulgação de vídeos educativos no facebook da Unidade, criação de podcasts sobre saúde e cuidados básicos com episódios diários e de curta duração para fixar a atenção.
Detivemos especial preocupação com a qualidade da informação uma vez que ela por si só, não garante efeitos positivos e adequados para mudanças de atitudes, por meio de ações individuais e/ou coletivas. É vital que a população absorva tudo aquilo que está sendo repassado. Procuramos utilizar todos os meios disponíveis de comunicação, desde plataformas de internet até canais de comunicação por telefone para que a população se sentisse mais próxima da Equipe e que as informações fossem buscadas e disseminadas com maior rapidez. Também procuramos elaborar estratégias de fácil acesso e assimilação por parte da população, por se tratarem, em sua maioria de pessoas com baixo grau de escolaridade. O afastamento social tem alguns aspectos interessantes e importantes a serem analisados, abordados e discutidos com a sociedade. Esses temas foram trabalhados nos podcasts (https://anchor.fm/enfa-lu00edvia-maria-mell) e vídeos educativos produzidos pela Equipe com intenção de acalmar e conscientizar a população. Todas as estratégias apresentaram feedback positivo com engajamento da população e discussão das informações repassadas, bem como a difusão na sociedade. Foi possível notar uma maior busca de informações por parte da população e discussão sobre aquelas oferecidas pelas plataformas alternativas.
Observou-se a adesão da população em função de buscar os conteúdos produzidos pela Equipe e fazer a discussão e divulgação dos mesmos. Por isso a importância de fontes alternativas de educação em saúde, para além da informação, e se fazer uma boa comunicação, para que ambas surtam efeitos significativos, para que as pessoas, de forma coletiva, mudem de comportamento e de atitude, para o bem da maioria, a partir de ações que sejam ressignificadas, enquanto estratégias da promoção da saúde.
Infecções por Coronavírus, Atenção Primária à Saúde, Educação Tecnologias alternativas, Mídias sociais, Informação.