No final de 2019, na cidade de Wuhan (China), uma quantidade crescente de pessoas passou a apresentar sinais característicos de pneumonia, o que chamou a atenção das autoridades quanto ao surgimento de um novo vírus. Identificando com um subtipo do coronavírus, o mesmo foi nomeado como SARS-coV-2 e a doença classificada como COVID-19, responsável pela pandemia mundial que chegou ao Brasil no primeiro trimestre de 2020. Segundo CIEVS/AL até dia 29/07/2020 Alagoas teve 58.124 mil casos confirmados e 1540 óbitos equivalendo a 2,6% dos casos confirmados. Jequiá da Praia até 29/07/2020 apresentou 321 casos confirmados e 9 óbitos. Dos casos confirmados 57% do sexo feminino e 43% do sexo masculino. A faixa etária como maior incidência esta compreendida entre 30 a 39 anos.(Dados fornecidos pela SMS). Sabemos que a transmissão do COVID-19 se dá pela entrada do vírus no trato respiratório, pelo contato com gotículas de secreções e aerossóis humano, assim como gerados por uso de equipamentos que produzam aerossóis. Portanto pode haver contaminação por meio do contato direto com as secreções da pessoa infectada, pela tosse ou espirro, ou de forma indireta, através do aerossol em suspensão em ambientes, pelo contato com superfícies contaminadas, levando-as as partículas ao nariz ou à boca através das mãos. Diante disso, vários profissionais de diversos setores deverão está envolvidos para que se tenha uma retomada segura nos atendimentos odontológicos clínicos eletivos
A odontologia tem sido considerada pela comunidade científica como uma das atividades com maior vulnerabilidade, primeira devido à estreita relação do profissional com o paciente e sua boca. Segundo, pela produção de gotículas e aerossóis que podem ficar em suspensão no ambiente por até três horas. A SB de Jequiá da Praia também têm orientado suas ações com base nas notas técnicas da ANVISA e do MS, bem como nos Decretos Estaduais e entre outras publicações de estudos científicos. As orientações foram unânimes em afirmar que, durante a pandemia, o atendimento odontológico deveria contemplar somente os procedimentos de urgência/emergência. Considerando o cuidado para evitar produção de aerossóis e gotículas. Com essa nova realidade, foi necessária uma mudança nas medidas de proteção individual nos processos de desinfecção e esterilização, além de adequações estruturais nas Unidades Básicas de Saúde para minimizar o risco de contaminação pelo COVID-19.
O protocolo apresenta fases de retomada e procedimentos previstos para cada uma delas, além dos equipamentos de proteção individual, saneantes necessários aos processos de desinfecção eficazes e efetivos na eliminação do vírus, propostas de adequação estrutural e fluxo de pacientes. FASE DE TRANSIÇÃO Treinamento da equipe + aquisição de insumos específicos + adequação estrutural das Unidades Básicas + Atendimento de Urgências e Emergências 01/08/2020 FASE 1 Fase transição + Procedimentos classificados como mais urgentes sem produção de aerossóis 24/08/2020 FASE 2 Fase 1 + procedimentos classificados como mais urgentes com produção de aerossóis Após avaliação e aprovação da Fase 1 FASE 3 Fase 2 + procedimentos eletivos sem produção de aerossóis Após avaliação e aprovação da Fase 2 FASE 4 Fase 3 + procedimentos eletivos com produção de aerossóis Após avaliação e aprovação da Fase 3 Após cada atendimento realizado a sala deverá ser higienizada e desinfecionada por meio da equipe de limpeza das unidades de saúde. E ao final do turno a sala será sanitizada pela equipe da VISA garantindo uma maior segurança no atendimento dos pacientes. Aquisição de EPIS será necessária para garantir a saúde dos profissionais e dos pacientes. O agendamento por horários dos atendimentos será garantido pelos agentes de saúde, que também ficarão responsáveis pela aplicação de um pre questionário COVID-19. A recepcionista organizará toda agenda. A equipe de enfermagem realiza a triagem.
É necessário frisar que as fases e ações propostas nesse protocolo poderão sofrer alterações à medida que sejam publicadas novas evidencias científicas respeito da COVID-19 e de como sua transmissão pode ser minimizadas, principalmente no ambiente odontológico, assim como, caso haja mudanças nas fases propostas pelo Governo do Estado de Alagoas. Dessa forma iremos garantir o acesso a todos os usuários do SUS, sempre priorizando os casos mais urgentes e garantindo qualidade e eficiência no combate a transmissão do COVID-19. Hoje temos um numero elevados de pacientes sem condições financeiras para frequentar um consultório odontológico privado (liberado seu funcionamento por decreto estadual) e assim precisamos dá prioridade a esses casos e retomar o quanto antes os atendimentos. Esse protocolo instrui detalhadamente a paramentação e desparamentação de todos os profissionais, bem como todos os procedimentos que podem ser realizados a cada fase. Além disso orienta as equipes de suporte no uso dos sanitizantes.
Garantir o acesso ao atendimento odontológico é um direito de todos os usuários do SUS. Sendo assim esse protocolo de retomada dos atendimentos clínicos eletivos se torna primordial, já que não podemos colocar em risco nem os profissionais e nem os pacientes. Após toda comprovação de transmissão desse vírus, torna-se necessário que novas medidas sejam tomadas para se evitar a transmissão direta e cruzada devido a constante produção de aerossóis no atendimento odontológico. Portanto esse protocolo deve servir de orientação a outros municípios que desejam voltar seus atendimentos odontológicos eletivos com segurança.
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