Garantir a assistência à população do município de Belo Horizonte com sintomas respiratórios, com foco em casos suspeitos de Coronavírus (COVID-19), Implantar Centros Especializados para pacientes com sintomas respiratórios Ampliar a capacidade de atendimento da Rede de Urgência de Belo Horizonte a fim de garantir a assistência adequada aos usuários com sintomas respiratórios Adequar os recursos assistenciais frente ao aumento da demanda de pacientes com sintomas respiratórios através do uso de ferramentas de gestão durante o período da Pandemia da COVID-19 Garantir a integralidade do cuidado assistencial por meio da potencialização do trabalho em Rede de Urgência de Belo Horizonte Separar os fluxos assistenciais de usuários com sintomas respiratórios das demais queixas clínicas contribuindo para minimizar a disseminação da COVID-19 nas UPA’s. Antecipar a construção de fluxos para o atendimento aos pacientes com sintomas respiratórios a fim de conter a transmissão pelo Coronavírus.

Para a implantação dos Centros Especializados no atendimento de casos suspeitos da COVID-19, utilizaram-se os dados epidemiológicos e estatísticos como balizadores da ação. São eles: notificação de doenças respiratórias, volumetria de atendimento de porta, taxa de ocupação de leitos das salas de emergências e taxa de utilização de ventiladores das UPA’s de BH e informes epidemiológicos do município. Tais dados informativos contribuíram para a análise da necessidade de ampliação do atendimento a fim de evitar um possível colapso no sistema de saúde da rede de urgência. Os CECOVID foram estruturados adjacentes às Unidades de Pronto Atendimento Centro Sul, Venda Nova e Barreiro, com ampliação do espaço físico (por meio de tendas e contêineres). Estes centros foram inaugurados proporcionalmente à medida que houve o aumento da demanda. Foram feitos incrementos, tanto de equipe assistencial (médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem) como de materiais e insumos. Alguns recursos tecnológicos críticos (como os respiradores) foram distribuídos de acordo com a demanda das unidades, através da construção de uma central de distribuição, articulado ao SAMU para suprir a necessidade. O fluxo assistencial para o atendimento aos usuários com queixas respiratórias foi reorganizado a fim de separar pacientes com sintomas respiratórios dos demais, permitindo a segurança dos usuários e de toda equipe de trabalho.

Foram implantados 03 CECOVIDs, sendo o primeiro inaugurado na UPA Centro Sul no dia 03/03/2020, por ser uma unidade localizada no nível central do município de Belo Horizonte, e por apresentar em sua estrutura física adequada, possibilitou a ampliação do serviço. Instalado na UPA Venda Nova no dia 25/03/2020, o segundo CECOVID com estrutura física adequada, além de apresentar uma maior volumetria de atendimento de porta da Rede de Urgência. Em 16/07/2020 o terceiro CECOVID foi inaugurado na UPA Barreiro, devido ao aumento da demanda de pacientes com sintomas respiratórios na referida unidade. No total, até julho de 2020, já foram realizados 12.619 atendimentos. As unidades possuem equipe técnica especializada para o atendimento de casos suspeitos de COVID-19, conforme sintomatologia apresentada. Casos de risco menor são atendidos, medicados e encaminhados para o isolamento domiciliar. Casos de risco maior são atendidos, medicados, estabilizados e se indicado, são referenciados para a internação hospitalar para tratamento em leito geral de enfermaria ou de terapia intensiva. A coleta de material para realização de exame para detecção do vírus COVID-19 são realizadas nesses centros, conforme indicações descritas em notas técnicas normatizadas pelo município.

A implantação dos CECOVID’s pela Secretaria Municipal de Saúde de BH por meio da Rede de Urgência e Emergência garantiu a assistência à população do município diante do cenário da Pandemia da COVID-19, em fluxos ordenados organizados, com gestão de risco assistencial e do trabalho. Ao utilizar de dados estatísticos e epidemiológicos, como ferramentas de monitoramento, para análise do funcionamento da rede de assistência à saúde e assim, balizar as suas ações, obteve um tempo resposta satisfatório frente a um possível colapso da rede de saúde. O Plano de atuação, frente aos dados diários, permitiu a tomada de decisão através de ajuste de demanda versus necessidade resultando em economia de recursos públicos. O processo de conscientização dos munícipes quanto à procura pelo serviço de forma adequada contribuiu significativamente para que a Urgência absorvesse as demandas de maneira integral, com fluxos definidos e seguros. Percebe-se que a tomada de decisão da SMSA de forma precoce foi decisiva para o controle da pandemia no município, tanto no aspecto da vigilância quanto na assistência. A implantação planejada dos CECOVID’s possibilitou organizar e destinar recursos para um único fim, com foco na integralidade do cuidado.

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