A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que tem variação de infecções que vão em vários níveis desde assintomáticas a quadros respiratórios graves. A incidência da Covid-19 em crianças apresenta-se com menor número de casos “representam 0,64% das 20.047 mortes do país” (crianças e adolescentes), dados divulgados sobre o Brasil preocupam pela gravidade da patologia (CNN BRASIL, 2020). Em São Luís, foi necessária a parceria entre Governo do Estado e prefeitura municipal para realizar um fluxo que pudesse ser específico para pacientes pediátricos dentro do Hospital Municipal Dr Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança), a partir do dia 22 de maio de 2020 com 20 leitos indicados para pacientes infantis com síndromes gripais, comprometimento respiratório ou diagnóstico de teste positivo para Covid-19. Apesar que os casos pediátricos têm menos incidências e são mais leves que outras faixas etárias, existem casos com sintomas que comprometem seriamente a saúde podendo levar a óbito. Atualmente, o hospital recebe grande número de crianças sintomáticas que são tratadas de acordo com a evolução do quadro clínico, mesmo que o diagnóstico preciso saia após alguns dias com resultado do exame RT – PCR. A reorganização do fluxo na ala Covid-19 é específica e garante atendimento para suporte necessário com profissionais que estão capacitados e prontos para a atuação.
Geral: Atender pacientes pediátricos internados no setor de Covid-19 de forma adequada e resolutiva no Hospital Municipal Dr Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança). Específico: - Seguir o Plano de Atendimento do Hospital da Criança, voltado para crianças sintomatológicas de Covid-19; - Reunir com equipe para formulação de relatórios; - Executar a capacitação profissional constante; - Realizar checagem de procedimentos voltados para a gestão de riscos em todos os procedimentos; - Garantir harmonia de ações continuadas nos procedimentos entre os profissionais, com uma comunicação sem ruídos.
O período relatado na experiência é de junho até a primeira quinzena de agosto. A equipe destinada para ação da ala de atendimento exclusivo de SG (Síndrome Gripal) em vários níveis (H1N1 e COVID-19) é formada por médicos pediatras, nutricionistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e pessoal de limpeza e higienização. Funcionários treinados e que estão aptos para atender e exercer o enfrentamento dos casos da doença em crianças, apesar desse público de atendimento ter menos incidência, ainda existem casos que podem levar a óbito. A criança adentra a classificação de risco, caso ocorra a identificação de SG, segue uma localização específica demarcada (prioridade). Se as abordagens forem classificadas como azul ou verde, são referenciadas para UBS ou encaminhada com receita para sua residência. Classificação amarela, necessita de internação, é encaminhado conforme fluxo para a ala de sintomáticos respiratórios para isolamento, casos laranja e vermelho que apresentam dispneia intensa deve ser encaminhado para estabilização, se não houver melhora do quadro clínico ou haja evolução ao caso grave, o paciente é regulado para o Hospital de Referência Estadual de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira que são referência nessas situações. Visando a qualidade, o atendimento seguiu conforme planejamento prévio, reuniões e capacitação conforme atividade profissional, incluindo uma capacitação pelo profissional de psicologia.
Os relatórios com indicadores do Hospital da Criança apresentam que no mês de junho foram 244 internados pediátricos, com 1 óbito que ocorreu nas primeiras 24h desde a entrada no hospital. No mês de julho foram 182 internados pediátricos, não ocorreu nenhum óbito, na primeira quinzena do mês de agosto houveram 12 internações, totalizando 438 internados, sendo observável diminuição da internação de casos covid-19 a cada relatório semanal. Antes do período de atendimento do mês de maio, houveram uma equipe especial para organização de novo fluxo, outras reuniões visando a capacitação de funcionários para o enfrentamento ao COVID-19. De junho a primeira quinzena de agosto houveram capacitações de temáticas: Uso correto de EPI`s, Normas, fluxos e rotinas do setor de COVID-19, Alinhamento de ações hotelaria, portaria e limpeza, Capacitação de fluxo interno e externo e Qualidade nos processos de atendimento. Foram 5 reuniões para reorganização de fluxo, 5 reuniões para atualização de informações e considerações e 40 funcionários capacitados. Faz-se a consideração que ainda tem ações prospectivas pelo plano de ação do hospital para ocorrer, assim, a gestão da qualidade e acompanhamento situacional é constante, mesmo mediante o menor fluxo que vêm se apresentando, desde o início são apresentados relatórios semanais.
O hospital tem seguido o Plano de Atendimento voltado para crianças sintomatológicas de Covid-19, atendendo pacientes de forma adequada e resolutiva. Tem por escopo, ações pautadas em resoluções colocadas em reuniões, resultando em formulação de relatórios. O hospital executa capacitações profissionais constantes para que efetivamente haja harmonia de ações continuadas nos procedimentos, levando em consideração uma comunicação clara para que não ocorra equívocos que levam ao risco ao paciente. Complementar a isso, os procedimentos passam por checagem e garantia na qualidade de atendimento voltados para a gestão de riscos. Recomenda-se acompanhamento de ação contínua, para melhor elucidação da nova doença e como ela se manifesta em crianças. Sabe-se que a cada semana a incidência diminui, por isso é importante não descuidar e velar pela qualidade de procedimentos rápidos, visando a eficácia em cura, dando acessibilidade a outras crianças que precisam de internação. Referência CNN Brasil. Brasil registra mais de 130 mortes de crianças e adolescentes pela Covid-19. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/05/24/brasil-registra-mais-de-130-mortes-de-criancas-e-adolescentes-pela-covid-19. Acesso em: 19.07.20
Covid19, tratamento, ala infantil, Hospital da criança.