Com o advento da pandemia do COVID-19, aglomerações foram coibidas e todos os processos educativos e formativos presenciais foram cancelados até que a pandemia fosse controlada ou existisse uma vacina. Uma das soluções foi a utilizações de espaços interativos para atendimento e capacitação, seja por meio de plataformas elaboradas e demasiado inacessíveis por parte considerável da população, seja por improviso em redes sociais existentes, contando com a flexibilização das empresas controladoras dos aplicativos. Um desses aplicativos foi o Instagram, que já realizava lives com formato mais curto sobre um assunto, edição de vídeos ou outras atividades interativas, mas até antes de março, com poucas ações de massa envolvendo temas de interesse científico ou mesmo psicopedagógico. A partir do mês de abril, essa realidade se amplia com a realização de shows de famosos ¬– ou não –, usando o aplicativo para divilgação de seus trabalhos. Aprouve a Gerência de Atenção Psicossocial realizar lives de cunho psicossocial para a população e profissionais em geral, com temas relevantes como articulação da rede de atenção psicossocial, homofobia, rede infanto-juvenil, suicídio, entre outros. Desde abril até agora foram realizadas aproximadamente 14 lives, e o agendamento das mesmas ainda se extende até dezembro de 2020.
Objetivo Geral: • Ofertar conhecimento em saúde mental aos trabalhadores e à população m geral em temas psicossociais através de lives, enfatizando tanto o conceito quanto o cuidado em si, com dicas de saúde e entendimento da rede de atenção psicossocial. Objetivos Específicos: • Utilizar o canal da Gerência de Atenção Psicossocial no Instagram para divulgação e realização dessas lives; • Encontrar temas de relevância social para o momento; • Organizar parceiros dentro e fora da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió para participação; • Atrair a paprticipação entre parceiros e a população em geral;
Metodologia: até 1500 CARACTERES Organização do tema: Em reunião do Colegiado de Atenção Psicossocial (coordenadores e apoios de gestão dos CAPS e técnicos da Gerência de Atenção Psicossocial) eram debatidos temas relevantes e uma data, todos democraticamente eleitos para organização de cards e de debatedores; Eleição de pessoas para conduzir e debater: o mesmo grupo tinha um tempo preestabelecido para procurar pessoas que tivesses algum entendimento do tema, disponibilidade no dia elencado e determinado manejo em se posicionar perante um público; Sensibilização dos colegas e população em geral: O card com o tema e data era divulgado nas redes sociais de todos os colegas; Realização do momento da live: Os técnicos que sugeriram os nomes dos profissionais eram responsáveis por passar o tema, dar algum tipo de suporte e organizar em determinado momento as perguntas que surgissem durante a live.
Não há registro de um movimento de lives institucionais com essa intensidade antes da pandemia. Como todos – profissionais de outras categorias, músicos, atores e outros serviços – estavam realizando essas atividades no Instagram, os momentos de capacitação competiam com toda essa concorrência. No geral, a live que menos teve público apresentou 40 participantes e a que teve mais público teve um máximo de 100 participantes, número que oscilava durante o tempo de realização da mesma. Os feedbacks apresentados minutos depois que a mesma era encerrada eram positivas á manutenção da atividade, situação ratificada pelos emails e mensagens perguntando quando seria a próxima e qual o tema. A participação do público com perguntas e considerações começou tímida, mas com a ampliação dos temas e desempenho dos moderadores, a assembléia intenificava sua participação com questões e comentários. A Gerência de Atenção Psicossocial entendeu que deveria aumentar o intervalo das lives, na perspectiva de que muitas informações são dispostas e concorrem umas com as outras. Mesmo assim, o resultado manifesto nas redes sociais dos técnicos corroboram a experiência e impelem pela sua manutenção.
O elemento interativo de capacitações não era utilizado pela Gerência de Atenção Psicossocial em ações educativas, mas a pandemia do COVID-19 mostrou um elemento bastante útil em atividades dessa natureza. Mesmo com a limitação do contato entre o público e o palestrante e a limitação na exibição de conteúdos educativos como slides, textos, etc, o movimento foi bem recebido pelo público em geral, tanto pela relevância do tema quanto pela competência dos entrevistados e mediadores. Como registro, os mesmo feedbacks dados após a realização da mesma eram enfáticos que esse elemento não deveria ser o mais importante em atividades de educação continuada, mas que – a depender do palestrante e do público – poderia ser eventualmente utilizada. Os mesmos feedbacks apontavam que o contato pessoal com o grupo e o palestrante acentuavam a qualidade do debate, enriqueciam ideias e incursões que se poderiam ter durante a palestra e o tempo entre a pergunta e a resposta era demasiado grande em eventos virtuais, o que fazia que o evento em determinado momento se tornasse maçante. Como o tempo de uma live é de 60 minutos, poucos palestrantes enviaram apresentações em power point, aspecto apontado como dificultador em termos de manejo do tema.
Saúde mental, trabalhadores da saúde, capacitação.